declaro
descaradamente do meu bem estar
a
todos os robustos esquartejadores da palavra
ainda
que fracos das costelas sem alma
que
insistem no enredamento de cirandas à direita
baseadas
nas ladainhas dessa imprensa sanguessuga
que
além de não somar uma prosa a dor latente
seguem
subjugando melancolicamente a poesia...
devo
intimamente confessar aos indóceis recalcados
que
extrair saber dos que sabem é praxe fácil
mais
vale à pena a necessidade do prazer contrário...
repetir
o brado de que pobre quer trabalho e não esmola
sem
nunca ter passado fome é demagogia democrática
portanto,
ação chula, que nem merece reação...
até
a própria esdruxula mira de miopia fascista
é
capaz de concluir que os verdadeiros burros do país
são
os bois verdes generais e seus retrógados herdeiros
coronéis
carroceiros babões geradores das desigualdades
com
suas genocidas rédeas em diretrizes cruéis,
veros
chibata dores travestidos da dura justiça
que
hoje aos montes balançam em cadeiras de pau
um
a um na mórbida rotina da artrose mental
a
suplicar pela misericórdia do seu deus desigual
devo
novamente confessar aos sorumbáticos tolos
sem
fazer uso eleitoral de tais direitos humanos
que
heróis caros esnobes ilibados da mundana realidade
são
apenas meros coadjuvantes faceiros às deslealdades
nesta
trama enredada para vagabundos vilões mocinhos
num
tipo de alvo servil à meta dos conjuntos ocos
que
o melhor aprendiz caminho a ser seguido
é
o de dar margem à generosa ação de distribuição
não
dá pra ser feliz sem arriscar o giz na lousa...