onde estará escondida a arte, dos que a renegam?...
e porque bradam palavras sem ao menos lhes dar sentido?...
devo confessar aos meus incrédulos irmãos
que real é essa tal realidade dura, quase e sempre regrada
livre apenas a ficção apta a todas as fantasias...
toda palavra pesa quando debruçada diante da intenção
e muito mais em relação a porrada impropriamente desferida
não há como imperar somente vontades próprias,
tão pouco a fútil tentativa de banir o lado contrário
com isenção dos riscos de ser banido por outro qualquer
todo sangue é quente enquanto rio, margeando vida
já frio, é tal qual veneno em gole amargo estagnando sonhos
se o escarnio disferido em dolo às diferenças não for preconceito
devo novamente confessar, há extrema necessidade
de revisão dos nossos predestinados conceitos...
e volto a repetir seguidas vezes, ignorantes somos todos nós
seres falantes independentemente de partidarismos,
e tolos são os que insistem no contrário...
num paço insano, feito cegos sem nuances
a negar o indecifrável abraço da diversidade...