sou um seguidor apaixonado pelos passos, pegadas solo sei seguir deixando alicerce, marcas, digitais por todos os caminhos que a mim foram ensinados... pouco aprendi com os meros fazedores de cópias, copiar furt’alma, não da lastros a imaginação prefiro dar seguimento as palavras, aos mestres... sou filho, pai, irmão e amigo da minha expressão estendo a minha mão para todas as companhias ao longo delas aprendi a dividir o pouco que tenho não gosto das maiorias, tão nada sei de muitos... pois pelo largo do tempo me fiz aos poucos e continuo seguindo... indo... indo... indo...
às vezes espero horas e horas pela senhora dona criação... é como se fosse um ritual: primeiro eu explano meus sentimentos, depois deixo a minha coleção de letras espalhadas pelo chão de terra e me dano a criar, criar... é quase como num passe de magia e eu crio até o que já foi criado antes nalgum lugar, por alguém que nunca me disse o seu nome; se é que tem mesmo; alguém que eu nem conheço, que desconheço; quiçá esteja em mim mesmo e eu ainda nem me dei conta disso! coisa tão fácil de entender que então arrumar palavras passou a ser o meu principal ofício!
por todas as caras que espalham o medo por todos os medos que escondem as caras pelo fiasco da unanimidade do discurso ditado pela inoperância dessa demo democracia ao monopólio manipulado da comunicação a inconstante certeza que gera descrença do ser ou não ser, do ser e não ser da pobre acolhida em cima do muro me resta juntar a quebra de letras ser teia tecida nas telas, ser poeta joaquim ter toda a liberdade de menino que abaixa o calção e sai mijando no mundo
no dever da concessão não cabe direito de monopólio exclusividade na comunicação gera verdade própria imprensa de coronel é modernização da velha chibata toda manchete manipulada por fazedores de mídia nos interessa como combustível a nossas fogueiras enquanto houver calor n’alma do artista, as mentes estarão sempre a girar em plena renovação.
numa longa e intima conversa de asas entrei por todos os caminhos das artes traçados pelos mestres vitalino e manoel e falei no pé de ouvido do meu amigo joão sobre todas as nossas essências de barros