Seria apenas,
simplesmente, fácil digerir o direito, se pelo menos soubéssemos o que é o torto...
E se também não fosse fato real a triste inconveniência do contraditório dessa
tão amarga conclusão de que sempre estivemos diante de uma moeda de duas caras
para jogos marcados. Cunhada para o retrocesso em nome de um poder absoluto, com
vertente principal na busca de uma mesma velha e cobiçada coroa que nunca sacia
as posses de certos privilegiados, que, ironicamente, não se enxergam plenos ao
espelho; e, atualmente, agem raivosos pelas perdas atrás de perdas, em virtude
da tal coroa se encontrar, nos últimos anos, a serviço de uma distribuição que
só prosperava em contos de fadas, já que na realidade tudo soa pelas trombetas
divinas: “A unanimidade tem a benção de deus, e a discordância o abraço do
capeta”... Meus caros amigos desde já devo humildemente confessar minha
inclinação para os abraços...
Nada justifica
quando a injusta justiça pende o quilo à direita e a imprensa impressa usa sua
prensa a imprensar o torpe pensamento aos alheios sem nenhum combate ao vitalicio herdado trono ditatorial, numa troca de gentilezas que nem a falta de regras
legais do jogo do bicho conseguiria decifrar.
Seria mais
tolerante o fato de nos acostumarmos, então, com a mesmice dessa triste cidade
que se repete na inútil tentativa de remendar com tecido puído um suposto ódio
adormecido, que repentinamente desperta numa ferocidade recalcada a emprenhar o
contra ponto sobre a bonança do crescimento em nome de um caos inexistente,
fazendo intolerantemente com que o seu próprio vídeo não traduza em nada o que a
realidade expressa!... Chegamos ao
limite da inércia, no complexo imoral da falta de ética que faz incorrer no
desuso total das ações que não somam uma só palavra, se é que podemos usar
qualquer indicador de lisura como balizador de algo, que não seja o caráter digno
que perdura entrelaçado nos mais necessitados... Atualmente o que se vê com
frequência em certos manifestos, são jornalistas nos seus trabalhos de campo em
nome das diversas emissoras, sofrerem na pele o destrato, muitas vezes, em
forma de violência, por uma gama de atordoados manifestantes que se julgam
enganados pelos discursos maquiados promovidos diuturnamente de forma sórdida
pelos seus devidos âncoras, contra o nosso próprio país, em defesa de
interesses pessoais mesquinhos... O foco, quando não cega, se ofusca pela
individualidade, e como se diz em poesia: não cabe o meu, nem tão pouco o seu, quando
o que está em lastro é o nosso... Ao largo de um tempo longínquo vem se
consolidando uma imensa fogueira de reles vaidades televisivas, que fazem
ressurgir pelas suas ardentes labaredas, milhares de ávidas bruxas incineradas a
reivindicar direitos contra a covardia medonha de uma insana inquisição, que outrora
tentou exterminar e, hoje, volta descaradamente numa infeliz tentativa, ainda
que de forma dissimulada, de transformar em silêncio o mutirão de gritos
abafados pelas catacumbas e calabouços, nessa piegas intenção de arriscar os seus retrógrados passos, numa dança antiga incapaz de reproduzir a alegria, o encantamento,
ou qualquer outra ideia abrangente na formação de uma aldeia com inclusão
social a todos os seus entes... Devo novamente confessar no emaranhado dos meus
íntimos suspiros poéticos, que entre dar corda ao giro contrário de alguns ilibados
peões, ou fazer coro na pequena redoma dos tais renomados, prefiro compartilhar
a ceia pelas intermináveis mesas dos sem nomes...