a
triste cidade daqueles que são subjugados
é
fato culminante da atroz chibata do julgador
saber
julgar é o nobre exercício
dos
que são aprendizes da ciência palavra
a
gerar o sagrado livre direito à defesa
emprenhar
o mal como solução de medo aos dias
faz
o bem noturno olhar a alegria do outro lado do rio
o
encarceramento do universo da ação social
entre
os parênteses das teses científicas
é
prerrogativa dos que acentuam a desgraça
qual
palhaço se faz rir?
quando
lhe sobra a ausência do picadeiro...
qual
força rege o parir?
se
a vida por si, esconde-se pela falta de saída...
a
graça em arte segue atrelada ao tear
feito
linha de ligamento da sentença de viver
o
esmero é como linho a aninhar o sangue
daqueles
que ensaiam o aprendizado das somas...
o
fio de novelo foi durante séculos
enrolado
de forma calma e mesquinha
à
direita de todos os seus vertedouros
na
insistência de perdurar dias de acenar dor
só
com paciência e sabedoria de união
atravessaremos
a corrente pela nau do tempo
para
com a incansável ajuda daqueles
que
são imprescindíveis às lutas sociais
sermos
capazes de desfazer o feito
para
refazer em leito a aliada esquerda
desses
novos dias de feliz cidade
que
seguiremos chamando de distribuição...