quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

carta à sir dinamite


ainda que eu quisesse acreditar que todos os meus anseios por mudança trouxessem ventos de sorte ao sagrado santuário da colina cruzmaltina, pela chegada do grande cavalheiro da mais alta ordem dos tecnocraques da bola, dono de lances geniais, refinado artilheiro de inconfundíveis marcas históricas, o grande protagonista de uma das obras mais raras - “golaço, gol de placa” - vistas a olho nu por milhares de adoradores do futebol arte, no suntuoso templo do futebol “maracanã”. sir dinamite generoso por descendência um verdadeiro gentleman, que anunciou sua heróica chegada, assim como quem chega montado em um magnífico alazão branco, incumbido de desbancar o todo poderoso, autoritário grão-vizir dom miranda, que trazia por anos e anos a braço de ferro o elegante elenco, um verdadeiro staff tetra campeão nacional, de uma arsenal trajetória de glorias mil por terra, céu e mar. mas que por condutas truculentas acabou criando a antipatia – ainda que não se justifique os termos, por se tratar de “concessão pública” de uma das maiores redes de comunicação que, de maneira também arrogante e no uso de prerrogativas extra campo, minou todas as bases do severo grão-vizir, bem como a fortaleza da colina cruzmaltina. nunca na história de nenhum reinado se ouviu falar de tragédia sem vitimas, de perseguição indiscriminada, fascista, pelo uso de uma “liberdade” de imprensa, mas não foi para dar créditos a concessões vitalícias que se faz presente esse apelo em forma de narrativa, e sim para solicitar ao grande e majestoso sir dinamite que reveja seus passos, pois três anos são muitos dias de sofrimento sob pena de rebaixamento, de ficar de fora do quadrangular estadual, de uma dolorosa larga ausência de títulos, entre outros... rogo-lhe meu ídolo de outrora para que esses tempos difíceis não tragam de volta o autoritarismo de dom miranda, e reforço nesse profundo lamento, como alguém que muito lhe estima, mas que por outro lado mantém uma paixão incondicional pelo gigante da colina; para que todo e qualquer esforço de sua parte seja pouco diante do nosso glorioso “vasco da gama” detentor de uma das mais brilhantes histórias do futebol mundial, pioneiro na quebra da discriminação racial desportiva e que, por imposição adversária, teve que erguer uma barreira, um santuário abençoado por são januário, um dos mais belos e tradicionais estádios do mundo.


ass.poetaluislima@blogspot.com/luislima.com.br

Um comentário:

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