no barro de terra
cota rascunho detalhes no olhar
ah as minhas
saudades! gosto de tê-las ao tempo
até perder o tempo como
quem repassa a vastidão
há tantas saudades
por sentir no oco pensamento
que aprendi arar
horas, pingar gotas tecendo ar
pelos serenos dedilhados
acolhedores de madrigal
sou dos sentimentos,
me agrada refazer começos
planto magoas pelo aterro,
rego o preparo da cor
pra logo vê-las brotando
flores de todos os nomes
no recanto sertão das
lembranças embrenhadas
tenho o meu amor de
poeira assoprado na saliva
onde guardo o
quinhão da chuva de matar sede
e num dia azulado
de tanto sol, hei de desaguar
tenho fome de vida!
a minha sentença é viver!
da valentia de
corisco inté o calcanhar de dadá
sigo escutando as ladainhas
nas atuais revistas
que insistem em copiar
ditos de velhas retóricas
introduzindo a desarte
aos punhados de versões
capazes de encher os
seus próprios latifúndios
sem nunca transbordar
e saciar sonhos alheios
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