tenho duvidas
de certas convicções profissionais
então prefiro a
armadura dos amadores
sei guardar feitiço
nos cílios
e transpirar
alegria no orvalho olhar
trago em mim o
reconhecimento
e sigo com o trem
das cores
deixando rastro no
tempo
feito trilho de
arco íris
gosto da presença
das luzes
mas, foi embrenhado
nas gavetas
que aprendi a ser
autoral
a fazer amizade com
a escuridão...
mente quem diz “a
comunicação é livre”
na angular é que se
enforca o foco
e sublinha a palavra
na corda de enforcar-dor
nos adereços de priva
cidades
algo me remete a
clausuras...
chego a pensar que todo
excesso de pudor
serve para inibir a
liberdade
lembro-me ainda
hoje
feito menino dos
telhados
assim como
vaga-lume vago
com a minha memoria
de quase tocar...
do som da mão no
tambor
no tocador a
escorrer sangue, latejar digitais
nas mesmas enrugadas
mãos
que quase e sempre escrevem
por estórias
tudo aquilo que a
história insiste em ocultar
nas suas sub
versões tiranas...
a triste cidade é
descobrir
que na entranha luz
do escurecer
os alvos nunca são
claros...