segunda-feira, 20 de maio de 2013

sob a desconstrução





em quais linhas desta esquadra tropical
te refazes ilha ainda mesmo que provinciana
oh! minha terra! que há muito estive a passos distantes
venho fincar aqui estas minhas poucas palavras
inclinando-me reverentemente diante de ti
com meus ares líricos de anarquia social
tu que eres genuinamente amamentadora dos teus
circunda-dores  aldeados nas tuas adjacências
tu que não fazes distinção entre as proles
ainda que escarros dementes proliferem
a desconstruir o manto das tuas riquezas
vis arrimados arrogantes, em escárnios vaidosos
infiltrados sanguessugas de imunidades parla tores
feito pilhas amontoadas, sórdidos asnos capim-na-listas
que se espalham em latifúndios partidários...
contaminantes seres que fazem perdurar fases impostas
escombros rejeitados da azia em fezes arrastadas
tal qual chuvas ácidas de  excrementos abutres
com serventia de derrubar aviões de um céu chumbado
disseminar a coma inválida, a ceia de fome dos lixões
em ânsia de mesa posta, exposta aos espetos de ratazanas
remanescente aos bandos, na fatia da banda podre
que as malocas sem infraestrutura exportam ao ermo
quantos mais e males substratos dessa grana propinarão
em nome destes demagógicos colarinhos chiques
oh castigada pátria minha! quantos dos teus brios
serão ofuscados à revelia nesse varal de togas
por especuladores da infeliz-cidade alheia
quadrilheiros da figa duma comunicação barata
empossados nos seus fustigados solos de grilos feudais
de engenhosas desenhadas asas que dão sombra
aos proliferados vermes, agentes cínicos
traduzidos em vulgos “vírus canis”
cio nu “de la muerte”, tarja da preguiça sem cura... 

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