quarta-feira, 5 de junho de 2013

anarquista


após a ilusão de mais de trinta anos
resta-me cortar a própria carne
mas, não por mutilação...
quiçá pela dedução optativa
dessas que nos acostumamos a fazer
tentando alcançar o tal futuro de capitalização
ora, ora, ora a oração é ação agora...
e devo confessar!...
bem no alto do meu tamanco
com inclinação sócio comunista!
que, me cabe também, as vestes da anarquia
pois aprendi a sorrir em palavra
no abrigo cangaço das poesias
sob a mira dos bainhas dessas tristes cidades
e por ser filho do medo
é que além das graças de deus
quero cartuchos de balas na língua dançarina
fogo para alumiar os candeeiros
e, na fumaça do meu legitimo cubano,
descansar atrelado nas ancas de sinhazinha...

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