jogar pedra à ermo
renova o tempo da lasca
eu peço desculpas,
aos lúdicos companheiros
que ao longo desses
cinquenta nos varais
encenaram suas
vestes de ilibados paladinos
em festas com cartuchos
de verbos de festim
e que hoje estendidos
sem brados retumbantes
e com prazos vencidos,
dessecados pela imposição
vagam travestidos,
embrulhados por selos vitalícios
que de tão cênicos
se confundem aos cínicos
devo confessar o
meu profundo respeito as artes
ressaltando que, não
adianta cuspir nos monopólios
e andar atrelado em
suas redes de conveniências
não cabe n’arte certas
entrelinhas vantajosas
dissimuladas por
politicas de boas vizinhanças
que quase e sempre desarmam
as bocas de balas
gerando caibras nas
pontas das línguas
quem diz que a
hiena rir da própria miséria
envelhece tal qual
serventia de sumidouro
se é para ajoelhar
diante das maçanetas do sucesso
prefiro inclinar-me
reverentemente
as harmonias revolucionárias
de rodriguez
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