pouco me interessa
a relevância dos gráficos cartesianos
que nos remetem às
dimensões próprias por linhas exatas
sou rascunhado nas
escritas e reescrito em rabiscos de cera
o meu aprendizado
de recriar cores pela mente de giração
trago no bolso à
saciar em arte a magoa de sede dos dias...
sei caminhar lado à
lado ao desavisado silêncio das estórias
como quem atravessa
o íntimo estradeiro da imaginação
para escutar os
desatinos dos aluados corações, ao vento
tenho pacto de amor
com palavra, parceria com desencontros...
meu universo são os
diversos cantos encantados de versos
uma parte de mim é
canção, a outra, parte abstraída...
regida por horas
aleatórias que se assomam às minhas digitais
guardo na concha da
mão o dom doado em barros de gerar
que se entranha ao
musgo da minha ciência de esmero
nessa minha
permanente sentença de viver
nenhuma partida
pode ser maior que a chegada
quando o abraço
confortador afaga a alma
para tudo que se
diz do mau tenho bem vindos beijos
o nada, é
preponderante, capaz de preencher o vazio de tudo
quando todos nadam
para o sonho de feliz cidade
saber extrair o
valor do nosso lado do rio
é o exercício de
reconhecimento das incertezas
não basta apenas
fincar os pés na terra
é necessário aprender semear raiz, para deixar
lastros...
Nenhum comentário:
Postar um comentário