nestes
dias em que conluios sombrios se debruçam no horizonte
a
desencadear seus estagnados tumores por canais de intrigas
acordando
pares, acochando conchavos, prevaricando poderes,
relatando
prejuízos a dissimular dossiês, execrando princípios
atentando
contra o estado de direito com seletivos justiceiros
nestes
dias em que a discórdia é assunto exclusivo dos abastados
a
ritualizar suas sacras ganancias, exaltando deuses próprios
burlando
atalhos, pajeando preconceitos, assediando costumes
instigando
ódio a apregoar ditas verdades com valores invertidos
retalhando
famílias, desconstruindo sonhos, cerrando caminhos
nestes
dias em que a mesma mão que relata também condena
é
que a triste cidade sem alento faz prolongar o caos programado
pelo
fardo de chumbo que pesa aos olhos nessa mórbida paisagem
que
ostenta um arco-íris breu invocado sob a omissão das cores
e
mesmo que surjam os diversos reles verdes tamborins amarelos
a
ensaiar seus passos antissociais, em grifes vontades insaciáveis
guiadas
pelo conservador aparato vitalício de informação cortesã
de
afiliados politiqueiros, um cabaré midiático de instâncias vazias
que insiste em dizer
que carnaval é a maior festa popular do planeta
como
se a sua referência “maior” tivesse tom de qualquer relevância
que
não fosse a de se tornar exclusividade dos seus rótulos fuleiros
mas,
devo confessar de cima, do alto, dos meus legítimos tamancos
para
aqueles que furtam a graça alheia pela inoperância de folclore
que
vossa água benta nos tem serventia apenas para lavar sovacos
escorrendo
depois como rejeitos em vala feito boi-ação de merdas
e
para não servir de lança bosta nas pás dos que ventilam dores
bagos
nas pocinhas male-mentos! nossa poética calçada é cantaria
já
aos súditos que geram dolosas mentiras por falácias duvidosas
disparo
meus pecados com a minha veste de pecador ambulante
contra
seus credos enrustidos, seus vícios de emprenhar a vida real
com
antagônicas resenhas escrotas, forjadas por bainhas enrustidos
propagando
todo tipo de vil solução para essas ou aquelas questões
na
subserviência inepta de dar giro ao circuito “cornos aleatórios”
que
não resolvem um só problema, lá se beiram os cinquenta anos...
mas,
descaradamente nestes dias, ladram em meio aos escombros
a
reativar calabouços, cala-bocas, a regurgitar planos premeditados
e
no inóspito abismo, deserdados das suas progenitoras rameiras
ensaiam
repetir o mesmo paço do sórdido passado ainda enraizado
a
ideia retrógrada untada aos vossos amargos âmagos em erosão
no
purgado das vossas úlceras e dos vossos cordões apodrecidos
toda
demagogia emana do curral legislativo por teses corruptas
não
há protagonista para golpe de mestre, golpista é vagabundo...
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