sou
feito grão refeito em terra
no
rumo da semeação esperança
talvez
brote dai essa minha inquietação
ramificada
pela giração das idéias
o
meu olhar vagueia nas distancias
regido
pela campana dos loucos
toda
loucura prospera sede em mim
ainda
que se remonte o aperto da camisa
nesses
tristes dias de castrar liberdades
por
ser itinerante lavrador das letras
tenho
pacto com todas as palavras
aprendi
a caminhar à esquerda dos ventos
num
refazer poesias em rimas tatuais
ateio
abrigo para todos os sorrisos
neles
enxergo esquecidos versos
sei
da sorte de vagar no passo das horas
pelo descompromisso com os relógios
para
toda insistente fração marcada
tenho
ciência de perambular o tempo
a
herança dos meus ensinamentos
tem
inclinações com os aconchegos
sei
desenhar à mão o segundo passo
pelo
esmero rascunho do primeiro dado
me
encantam os riscos os rabiscos
em
todo o preparo das experiências
nos
encantados terreiros de guarnecer
comecei
a dar vida aos sentimentos abstratos
de
tanto repassar os aluados caminhos
para
desembocar nas trilhas dos sonhos
passei
a esparramar meu chão de estrelas
em
todos os cantos do labirinto da graça
e
nessa sagrada sentença de viver
rego
pelos dias as noites de acordar
alimentando
o meu e outros teares
na
fundura de nunca fincar os pés
por
essas estâncias de correr lastros
é
no alheamento dos múltiplos sentidos
que
guardo os meus desgovernados anseios
e
abraçado ao mago exercício de palavra dor
hei
de germinar a luz da feliz cidade
aos
mais diversos corações alheios...
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