declaro para
deleite dos seres dos confins
que todos, todos,
os meus versos
são de quem os
desejar vestir
e levem junto a
eles as minhas melodias
tudo o que crio tem
ciência mundana
tem par com a
imparcialidade das artes
sei afagar a
vontade com palavras
e transborda-la
pela fresta do tempo
aprendi a redistribuir mudas enfestadas de poesias
numa noite, noite
dessas das grandes capitais
eis que surge em
minha frente um mestre
mestre das mais
altas museulógicas sensibilidades poéticas
de uma fina
tangência peculiar
de um estilo mestre
de carne e osso
que me fez
atravessar a linha do meu imaginário
e então eu me
tornei arrumador de palavras!
um poeta colecionador
de letras!
das minhas,
das não minhas,
das de nem sei quem...