prefiro dar nós nos
cadarços descalços
e misturar-me no
reboco dos quintos
a ter que seguir a
praxe dos laços viciosos
que a longo tempo
gera exclusão
não rezo historias na cartilha dos homens
gosto é do fogo da
fogueira inusitada
joanas queimam em
minhas veias
na erupção de lava
poesia
tenho inclinações pelas
palavras esquecidas
sou de embolar as
redes no temporal
certos segredos capitais
são como caixas vazias
a guardar a vã realidade
mesquinha
sei dos sonhos
acordados, das cirandas dos contos
pras bossas
certinhas tenho uma pá de erros
trago comigo o meu
aparador de tristeza
com ele aprendi a
reticenciar a feliz cidade
o sabor é a arte
que mistura nas línguas
é no embaralhar da ordem
decrepita
que jaz a epilepsia
dos decretos
quem abre as
fechaduras dos muros de direitas cerradas
sela com beijo de
esquerda em cor de sangue
a soma pelas
distribuições...
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