jogue essa flor no
chão
a quem pensa
enganar
com essa alegria
forjada
joga essa flor no
chão
tarde demais...
o que resta é o
vazio dos gritos
arrancados de tantos
silêncios
jogue essa flor no
chão
pois não há mais
ninguém
pra dar vida a esse
mundo mesquinho
joga essa flor no
chão
tarde demais...
o que sobra é o
abraço de força
por detrás da
camisa
jaz sem mão a
despetalar
triste algoz flor
de máscara
arrastada pela sombra
do só
ao balanço da
cadeira de pau
na iminência dos redemoinhos
onde a tormenta dos
pesadelos
nem mesmo a
tristeza preenche
jogue essa flor no
chão
porque o fim de um
torpe poder
é a pobre poeira da
história
joga essa flor no
chão
tarde demais...
não há poesia em
trapaça
e a rima do livro
tão pouco a palavra retrata
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