terça-feira, 22 de julho de 2014

sobre a fé


inexplicável dúvida é a dúvida,
duvidar é uma questão de medo...
assim canto e assim me assombro
ao falar de dogmas religiosos em torno da coletividade
onde na maioria das vezes o verbo conjugado
é quase e sempre servido à carta individual... 
como não associar religião a poder, lei, latifúndios,
enriquecimento ilícito, hipocrisia, fomento de miséria...
e ao mesmo tempo exercer o exercício de ser social
algo relativamente fácil, onde o difícil é ser humano
respeitar argumentos de toda e qualquer religião
é o mínimo que se pode esperar do próximo  
mesmo aquelas que insistem em apregoar adequações,
aprisionamentos ainda que sejam em pensamento...
religião é politica, politica é lei e lei é regra
nesse conjunto que forma essa tal constituição
no rol das leis que são elaboradas e votadas
pelos que nós nos habituamos a chamar de corja de ladrões
pra essas eu assumo a minha descendência anarquista
fincada a todas as raízes esparramadas no cangaço...
e devo confessar do alto dos meus tamancos
ressaltando o meu mais profundo acreditar na fé
a minha solitária dúvida a certos pregadores religiosos
que comprometem os seus deuses entre céu e terra
com teses que não sustentam suas cercas limitadas
pelo pré-fabricado vazio universo de cifras santificadas
ora, se o mundo é vasto como disse o poeta
unir versos é o abstrato quintal de renovar poesias... 

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