tentar
estabelecer direitos iguais
entre
os argumentos e as teorias impostas
por
tolos cria dores de pequenos mundos próprios
é
correr o risco de banalizar a oração da palavra
sob
pena de corisco se apagar sem chama de lampião
da
adormecida lembrança dos herdeiros do recôncavo
feito
pó bélico remanescente dos chumbados soldados
enfileirados
para a engomada revista dos coronéis
na
triste cidade dessa real capangagem da história
cabe
ao universo a vastidão dos pensamentos
assim
como ao pensador o compromisso humano
heróis
são como rótulos de impactos fulminantes
na
mesquinha fabricação da massa dependente
não
há falta quando o cabresto é a diversão presente
ignorar
os benefícios alcançados pelos açoitados
é
ação da cruel rotina dos que subjugam a arte
diante
dos seus exclusivos interesses individuais
quem
alimenta o artificial nado em vácuo
boia
no rio de merda das máscaras bajuladoras
sei
dos ensinamentos de colher no tempo
o
exercício de cortar na carne, as dores do mundo
por
ser dos coletivos aprendi a estreitar as distâncias
instaurar
o novo sob abnegação da sabedoria
é
estagnar-se oco rebocado em furta-cor
na
vã ilusão das meras tinturas passageiras
reconhecer
é dádiva de liberdade para os diálogos
e
como já disse o sábio poeta paraibano
respeitem
meus cabelos brancos...
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