como não enaltecer
a estranha tão estimada arte
ainda que tenha
sido posta a serviço de cama
a coma das antigas
e novas monarquias impostas
em gélidos
coices a dotes de perdurações precoces
devo confessar
aos solitários burladores do tempo
que a sublime riqueza
da arte esta na doação
que os palcos
são relicários ninhos múltiplos
não há como
negar nessa mãe sentença vida
que o lastro da
energia é positivo ou negativo
já o neutro é
feito muro para o escoro individual
não geram diálogos
tão pouco opiniões divergentes
apenas escutam o
lado vantajoso para confluir
feito
sanguessugas no vazio roteiro abano de rabo
em reverência ao coito, na continência batida
devo confessar
aos guardiões de sacos escrotais
que discordar
abre caminhos em versos reticenciados
e tolas são as
mentes estagnadas as rédeas do achar
que a ignorância
não esta no ato de ignorar a si
e aos motes das
cartas que não lhes são atraentes
que o ponto de vista
dos cegos esta na bengala
o perigo de
confundir a esmola com a benção
esta no árduo peso
que se emprenha aos joelhos
talvez seja
possível contar na precisão dos dedos
os raros artistas
que não se julgam os tais os espertos
que não se
misturam de prontidão as oligarquias
tão pouco
necessitam pensar duas vezes sem piscar olhos
para aponta-las ou
não como corjas de vagabundos
nada pode ser
mais triste que a terrível constatação
arte e política entrelaçadas
em fisiologismo de serventia
onde
dificilmente a neutralidade artística se reconhece...
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