quase e sempre a
obrigação do silencio imposto
veste-se de
coadjuvante tenebroso
desses
longas-metragens com roteiros
medianos obscuros e
castradores
assim como um tolo
viciado amuleto
no seu carente invólucro
sombrio
de ianque protagonista
da trupe fidalga
incapaz de render
em cuspes
uma linha ou lauda
verborrágica
do seu prevaricado
discurso encomendado
que apenas reflete o
ego individual
em nome de uma
meritocracia recalcada
devo confessar veementemente
à corte
que o mundo não é a
vossa extensão cortesã
a ausência da graça
esvai o retrato
e o retardo d’alma chumba
a queda iminente
é no lesar do timão
que se desorienta
a nau ao desvario
das derivas
é no cansaço do
pirata que o cupim faz festa
e o alienado
papagaio certifica suas cópias
como já dizia o
digníssimo diabo
diante da
cristandade inquisitória
digas com quem
andas que eu te direi se vou
na falta do teco
tico-tico no fubá
é pimenta no porco
e pregas na porca
torno a repetir
como dito redito
ainda que o rito
seja de praxe e prazer
a generosa loucura
é coletiva
e tem pacto íntimo
de amor com a arte
é como sentir o
leve abraço desnudo
dos que sabem
fingir não saber
para no constante e
incansável
exercício reaprender
novamente
já isolada jaz
insana aprofundada
em tédio no fúnebre
calabouço
do branco abraço
dos fracos
no desserviço de
arrotar desvarios
prostra-se a
ignorar todos
e quaisquer
pensamentos contrários
sem nunca aprender
o que ainda lhes é
de certa forma estranho...
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