na plena descompostura
insana vontade
passas conspirando
a ignorar o mundo
a bradar o
moralismo familiar em orgias
numa desenfreada
perseguição anacrônica
agora rotulada a
peça sentença anunciada
triste hilariante justiça
em si sub júdice
a lástima é o cerne
que lhe serve de capa
sem nem mais
esconder a face tacanha
nessa desmedida demarcação
ruralista
limitada a dogmas de
mourões farpados
do buraco da cova
aos cantos do curral
onde jaz inevitavelmente
sem estima
pesando à deriva na
câimbra subjugada
entre o punho
fechado da furtiva mão
e o escoro agoureiro
da vara em sebo
selando com cega omissão
a vergonha
pela arrogante e
vil inepta condenação
baseada na boçal e convicta
presunção
do rato bastardo do
traidor oportunista
do protótipo boneco
de pau encordoado
o novo candidato paladino
às avessas
que em bem pouco
tempo sob descarte
terá na mesma corda de sustentação
a força do macabro destroncamento
pelo rítmico balanceado
nó de forca
acompanhado dos
gélidos cínicos risos
dessa mesma
seletiva classe elitista
que emprenha sua
disfarçada retidão
no eco encravado das
panelas vadias
soadas pela
analfabeta prole mediana
devo confessar no
alto dos tamancos
aos feitores dessa “história
forjada”
que hão de
perpetuar suas sombras
pelas labaredas das
fogueiras juninas
toda vez que outras
estórias contadas
mostrarem que os
arautos brada-dores
genocidas e preconceituosos
chupa-sacos
da vitalícia
apadrinhadora comunicação
que se diziam
constrangidos pela corrupção
são na realidade seus
patéticos protagonista
algozes saqueadores
desse sistema medíocre
camuflados na ruma
dos santificados ladrões
e ainda que renegados
ao resfrio do sangue
encontrarão na praxe
da umbilical hipocrisia
a maternidade
postiça reservada aos traidores
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