corro no infinito lastro azul do céu
sou das terras do sem fim
todas as sinfonias do além me interessam para nadar
boiar no rio do pensamento faz sorrir de graça
trago o brilho de cada estrela solidária
no meu emaranhado manto
que abriga meu imantado coração
sei aquecer
de sol a alma pelas asas das borboletas
num deslizar
e pousar sobre o trilho das letras
refeito
na compilação de telhados
do
meu aprendizado em giração das mentes
sei
também me deixar levar por todos os sonhos
seguindo
os intermináveis escorredores de labirintos
onde nenhum
minotauro é capaz de me fazer tremer
tenho
licença de cavaleiro das tecnologias mitológicas
assim
como as tramas dos barbantes
tecidos
pelas linhas das mãos
como
herdeiro do reino das sábias rendeiras
aprendi
que a vida transvaza nos poros
e faz
render lágrimas nas chuvas
que todo
universo cabe na sutileza dos versos
sou aprendiz
da ritual dança das luas
elas seguem
me ensinando a quarar os cordéis de sinhazinha
como um
guardar o amor arando o mar
o
melhor abrigo é sempre aquele
que abriga o que temos de melhor