repagino de sol todas
as minha coleções de letras
como quem segue
dando giração à vida...
ao longe ressoam as
campanas dos carros-de-boi
e os cães alardeiam
a proximidade alheia...
pelas brechas das
palhas enxergo um ponto de mar
em meio a verde
sussurro do verbo amor...
nenhum naufrágio
supera a espera da embarcação
a chegada é
prenuncio futuro da partida...
sentir saudade é
parte itinerante da nau angústia
sou cicerone das
águas, da arte escrever...
sei saciar a minha sede
com fragmentos de alegria
que extraio da
intimidade das palavras...
a simples essência
beleza está ao alcance dos olhos
refazer ação
paciência aflorar percepção...
aprendendo o insólito
exercício de me fazer poeta
passei a quarar as poesias
pelos varais...
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