segunda-feira, 28 de novembro de 2011

desabafo


a minha maior angustia é de pertencer a uma geração
que trocou a revolução armada por essa tal democracia
que sempre teve e ainda traz encruada no seu cerne
todo tipo de agouro partidário, de conchavo politiqueiro  
a começar pela passagem direta do poder general militar
para justamente seus co-regionais coronéis sombrinhas
que hoje formam o sombrio cartel comunicação vitalícia
juntamente com a rede do seu armarinho entre outras...
enquanto o povo pular ao som da mediocridade artistica
balançando as mãos pra uma penca de duplas engomadas
e de bandas bananas d’água bebida travestidas de rebeldes
com discursos baratos de ser contra todos e contra ninguém
o saldo será o engasgo que mata de sede diante do copo cheio
a traduzir vazia a alma do querer ser tudo em nome de nada
salve aqueles que seguem as sabias palavras do mestre vandré
fazendo acontecer a hora para não ter que esperar tantas horas
por outros que se consagraram num dado momento da historia
mas depois trocaram de lado por mera e total conveniência...

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

moda


todas as vezes que a norma modista dá o ar da graça,
as minhas digitais, a minha língua afinada,
e a minha mente de giração chuleiam de fora
e ao desfiar em contra-ponto riem descompassadas

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

de bate bola


bola murcha é um ingrato globo que machuca
nas enredadas redes, estações do vitalício armarinho
já o mano que é mané é apenas um menezinho

sábado, 19 de novembro de 2011

medíocre II

marchar de ré é nato dos carniceiros urubus
de ninho rubro e esbravejante papada preta
o mau ri em cio no timbre jornalismo chulo
travestido de ingrata arrogância mídia vil
num podre prado que se estende camuflado
no ar sinistro de torpe vegetação sorrateira

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

SWUsustentabilidadeS-WC


 durante anos certos caras caretas se vestiram de rebeldes
e sem dizer nada com nada achavam que sabiam de tudo
traçaram rotas pelas ondas vitalícias dos seus padrinhos
ganharam muito dinheiro e enriqueceram a mídia do cabaré
nunca deram a mínima aos verdes acordes da biodiversidade
e ainda fizeram todos os tipos de exigências insignificantes
de repente deixaram de servir aos interesses da unanimidade
e durante outros anos sumiram dos focos das luzes dos holofotes
mas quando se acha estar livre desses velhos lotes descartáveis
e tendo que aturar os novos cada vez tecno alguma coisa pior
eis que surge a velha trupe numa tal SWU duma SWAT qualquer
em prol das suas e de outras mídias sustentabilidades particulares
ah! minha avozinha se a renda dessas entradas fossem revertidas
em lastros e lastros de mudinhas o santo silencio agradeceria
e de certo que na saída a natureza estender-se-ia seu largo sorriso
ah! minha avozinha que a SWU sustentabilidade do armarinho
seja assim como um SOS  WC a céu aberto das bexigas aleatórias
a encharcar os fantoches com as suas insignificantes exigências

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

que comunicação é essa!


 
a economia que durante décadas
ajudou a lesar o pais...

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

os pós caretas

definitivamente, política é assunto para muitos
podemos contar nos dedos, antes que mãos leves os leve
uns poucos escroques que por força da desinformação de tantos
fizeram preponderar a praxe de politicagem imprensada 
parasitas hospedeiros que se alastram por uma vil eternidade
afiliados as redes de fofocas que diuturnamente invadem lares
com um staff de comentaristas pra todo tipo de assunto aleatório
salve maquiados muquiranas dissimulados do armarinho
alienado é apenas alguém que pelo dito “errar é humano”
troca de lado por conveniência, projeta futuro e mata passado
a pior sensação, ao discordar das velhices caretas
é a de ter que concordar que elas rejuvenescem

domingo, 6 de novembro de 2011

diz farsante


descaradamente a arte copia a vida
mídia pornograficamente falando

sábado, 5 de novembro de 2011

vida de cão


sorratreiro é quem arma cama de gato
gato que é gato é gatuno
escorrega pelos telhados
e não fica com o rabo pra lua
tão pouco vira-vira tamborim de escola de samba
só quer saber de vida mole
vida dura é vida de cão
que estica o couro na fome
e vem na base do assobio dos outros