quarta-feira, 16 de março de 2016

aos renegadores


onde estará escondida a arte, dos que a renegam?...
e porque bradam palavras sem ao menos lhes dar sentido?...
devo confessar aos meus incrédulos irmãos
que real é essa tal realidade dura, quase e sempre regrada
livre apenas a ficção apta a todas as fantasias...
toda palavra pesa quando debruçada diante da intenção
e muito mais em relação a porrada impropriamente desferida
não há como imperar somente vontades próprias,
tão pouco a fútil tentativa de banir o lado contrário
com isenção dos riscos de ser banido por outro qualquer      
todo sangue é quente enquanto rio, margeando vida
já frio, é tal qual veneno em gole amargo estagnando sonhos
se o escarnio disferido em dolo às diferenças não for preconceito
devo novamente confessar, há extrema necessidade 
de revisão dos nossos predestinados conceitos...
e volto a repetir seguidas vezes, ignorantes somos todos nós
seres falantes independentemente de partidarismos,
e tolos são os que insistem no contrário...
num paço insano, feito cegos sem nuances
a negar o indecifrável abraço da diversidade...  

segunda-feira, 7 de março de 2016

Sobre a reflexão



Não é necessário nenhum tipo de esforço para percebermos o complô articulado contra o atual governo de ações sociais. Está explícita a forma conspiradora com que grupos de quadrilhas que detém a informação do nosso país, diuturnamente, montam, desmontam e tornam a remontar, tramas maquiavélicas com intuito de reproduzirem consecutivas vezes, factoides inspirados nas suas próprias vestes; numa síndrome de cinismo crônico sem limites e, que são, conjuntamente, endossados por uma pequena casta burguesa; cabendo ressaltar, que as mesmas sempre nutriram, pela grande massa desassistida, total desprezo; sempre a taxando de meros serventes dos seus caprichos domiciliares. E todo esse balneário podre existente pela inexistência de caráter, finda por ser avalizado pelo que podemos chamar de parlamento familiar com extensão aos sócios e comparsas. Um tipo de coação comum a quem está acima de uma lei, elaborada de próprio punho cuspido, com única exclusividade de amparar a contravenção ramificada pela “Moro-sidade” e acomodação de uma justiça que se acostumou a ser chamada de cega, para fortalecer todos os meios nocivos dos seus sórdidos interesses...
                   O que realmente é estranho, difícil de decifrar, é esse nosso miolo, essa nossa verruga cancerígena, esse nosso edema gangrenado de sermos bajuladores passivos ou, de uma forma mais galante, futuros tardios emergentes a uma vaga inalcançável, nessa aristocracia falida, nesse clã “rico” inatingível, justamente, porque ninguém fica rico, rico já nasce assim; rico nunca foi, é ou será trabalhador; ricos os mantém sob eterno domínio em dor, do que antes foi chibata. O que leva a sermos alienados leitores de folhetins baratos, de acreditarmos que uma sólida empresa com reconhecimento mundial como a Petrobrás, num passe de mágica possa ser arrastada para lama às vias de falência?... Seria o mesmo diagnóstico dado à antiga, e ao mesmo tempo atual, Companhia Vale do Rio Doce?... Quem se deu bem com o minério de ferro?... Quanto vale a Vale?... Quem ganha com a entrega do Pré-Sal?... Nos últimos doze anos, houve os maiores avanços no campo da liberdade de expressão, no direito de ir e vir, na sagrada distribuição, que se não repara totalmente os ciclos de miséria, pelo menos alivia a dor imposta. Houve erros?... Sim, mas, quem não os tem?... As pedras estão espalhadas pelo chão, que sejam atiradas para cima, mas, cuidado com as nossas próprias cabeças...

Não há nenhum desejo segregado de moral nessa investida, nesses arroubos de discursos retos, até porque nada importa senão os nossos próprios preconceitos estabelecidos pelo ódio contra o vermelho, a estrela, o Nordeste, num brado verossímil de presunção a ética; somos os ilibados órfãos de alma, os descobridores de uma corrupção que sempre esteve emprenhada debaixo dos nossos narizes, e que por opções seletivas nos fazem girar na ciranda dos encabrestados, que trocam seus pares a cada desgosto temporário; todos em nossas maiorias justificantes sonegadores, escudeiros de um “Pivete da TeleRJ”, de outrora torturantes ditadores, coronéis bainhas e, hoje, dos seus inaptos herdeiros, e o pior de uns arrogantes pastores arrebanhadores de templos... A todos nós, caros hilariantes enrustidos, devo confessar que a falta dos nossos reconhecimentos aos feitos trabalhistas, assim como as nossas mórbidas alegrias diante desse camaleônico novelístico massacre com dimensões forjadas, pelas quais passamos despercebidos ao logradouro das nascentes populares, que por consecutivas vezes seguem demonstrando suas confianças nas urnas como forma de aprovação ao novo, ao que nunca antes, tinha sido visto em nossa história... Faço aqui a repetição das palavras do operário que revolucionou vidas, que deu nova cara ao país, o “Cara” como é reconhecido e ovacionado mundialmente, “bateram na jararaca, mas, não acertaram a cabeça”, agora seguremos os nossos medos porque 2018 está com suas alas abertas a explicar para que realmente servem as panelas.