segunda-feira, 25 de agosto de 2014

duo elo


quase e sempre um diálogo social
é travestido em dois monólogos capital

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

sobre a direita


declaro descaradamente do meu bem estar
a todos os robustos esquartejadores da palavra
ainda que fracos das costelas sem alma
que insistem no enredamento de cirandas à direita
baseadas nas ladainhas dessa imprensa sanguessuga
que além de não somar uma prosa a dor latente
seguem subjugando melancolicamente a poesia...
devo intimamente confessar aos indóceis recalcados
que extrair saber dos que sabem é praxe fácil
mais vale à pena a necessidade do prazer contrário...
repetir o brado de que pobre quer trabalho e não esmola
sem nunca ter passado fome é demagogia democrática
portanto, ação chula, que nem merece reação...
até a própria esdruxula mira de miopia fascista
é capaz de concluir que os verdadeiros burros do país
são os bois verdes generais e seus retrógados herdeiros
coronéis carroceiros babões geradores das desigualdades
com suas genocidas rédeas em diretrizes cruéis,
veros chibata dores travestidos da dura justiça
que hoje aos montes balançam em cadeiras de pau
um a um na mórbida rotina da artrose mental
a suplicar pela misericórdia do seu deus desigual
devo novamente confessar aos sorumbáticos tolos
sem fazer uso eleitoral de tais direitos humanos
que heróis caros esnobes ilibados da mundana realidade
são apenas meros coadjuvantes faceiros às deslealdades
nesta trama enredada para vagabundos vilões mocinhos
num tipo de alvo servil à meta dos conjuntos ocos
que o melhor aprendiz caminho a ser seguido
é o de dar margem à generosa ação de distribuição
não dá pra ser feliz sem arriscar o giz na lousa...