sexta-feira, 28 de junho de 2013

os mano infesta

 

os mano é festa porque manifesta
os mano sabe num ser besta não
os mano também não quer ser dez
os mano querer ser é vinte
os mano ser dos passamentos livres
e vá de reto mídia imprensada
nós ser mano da garoa
do pezinho de samba quadrado
e mano que é mano!  é mano mermo
agora quando os mano se mistura...
ai passa a ser mano infestação de manés...

segunda-feira, 17 de junho de 2013

sócios, logo


ora os cisnes dos lagos
ora os patinhos de paços feios
ora os cênicos do tal armarinho
ora os cínicos “monstros do ness”
há sempre uma ruma de bandidos calados
infiltrados na lábia desses heróis falantes
pelos anais da pedra filia social
adentrando pela demagogia bravateira
eis a demarcação do conjunto bando muquirana
desta demo-democrata-democracia
onde o partidarismo pátrio
é serventia de um pavio cintilante
na triste espera da boca aberta
por novos sócios, logo...

terça-feira, 11 de junho de 2013

mediocrizinho III


nas carreiras dos pastos perdidos de céu
embolsos são lastros forjados de assinaturas
crivadas das mais terríveis duvidosas duvidas
avalizadas pelos dolosos sinhozinhos donos do campo
onde as vaquinhas de presépios mugem em abstinência
já que lá não pastam os excluídos boizinhos de satanás
de agua benta à de cheiro não se enche um sovaco
tudo é o mais profundo desejo sazonal de pebas
rebanhar-se é ação preponderante das oligarquias
até porque rebanho de pobre é tração de carroça
juntamente com a ingrata imposição das barricas
uma soma de apodera-mento da arte alheia
com x-nove agregado à mesquinha seita quantitativa
já seu são jorge agradece com burras cheias
sem mostrar um dente de seu tão cavalo babão
selado na fortaleza com fronteiras onde muro há
tudo em nome da fazenda “o clero das vitalícias”

quarta-feira, 5 de junho de 2013

anarquista


após a ilusão de mais de trinta anos
resta-me cortar a própria carne
mas, não por mutilação...
quiçá pela dedução optativa
dessas que nos acostumamos a fazer
tentando alcançar o tal futuro de capitalização
ora, ora, ora a oração é ação agora...
e devo confessar!...
bem no alto do meu tamanco
com inclinação sócio comunista!
que, me cabe também, as vestes da anarquia
pois aprendi a sorrir em palavra
no abrigo cangaço das poesias
sob a mira dos bainhas dessas tristes cidades
e por ser filho do medo
é que além das graças de deus
quero cartuchos de balas na língua dançarina
fogo para alumiar os candeeiros
e, na fumaça do meu legitimo cubano,
descansar atrelado nas ancas de sinhazinha...