terça-feira, 8 de abril de 2014

regador



talvez a inexplicável dádiva da existência
seja substrato itinerante na minha giração
sei alimentar as fases da feliz cidade
pela loucura imaginaria da dura realidade
nesse perdurável exercício de saber aprender
coisa assim como rodar pião, fazer redemoinhos
de libertar ao vento o cabresto das pipas
de traçar o raio sob mira na bola de gude
até se espalhar de terra, imerso em barro
feito conta de contar nos dedos de se perder
noventa e nove vezes sem respirar
pelo meado fio das conversas fiadas
nessas reviravoltas de eternas infâncias
que floram, mas insistem em não madurar fruta
que riem no choro a escorrer lagrimas de gerar sede
talvez o universo seja incomensuravelmente vasto
para abrigar os intermináveis recitais de poesias
que não caiba mensura-lo em tristes estatísticas
ando descobrindo nesses novos dias estrelados
que as noites brilham de esconder sol
acho que do meu aprendizado de arrumador
o que mais sei é enrolar os assuntos do mundo a fora
há tempo atrás eu brincava de esperar os anos
feito quem nega querer crescer à prazo
por essas demoras de incomodar os anseios
ainda que sejam os mais bem guardados
como quem corre nos calendários de esquecer datas
para remarcar infinitos encontros com sonhos
como um sábio regenerado regador de alamedas
que renova arte a alimentar o alcance dos verbos 

segunda-feira, 7 de abril de 2014

princípios



para os fins não justificarem os meios
é imprescindível ter princípios