sexta-feira, 2 de setembro de 2011

poesia muda


sou como um pássaro de asas descruzadas para liberdade
sigo aos ventos no assopro da arte pelas artes sem limites
reverencio a branca paz na singela franca flor de espinho
o flanco deslizado ar dos pelos poros becos ladeiras vielas
sou arco geografia desordenada das letras no embaralhar
das frases em cores, nuances de todas nações fases favela
sigo misturando um tecer pele em zinco, barro, concreto
todo arquitetônico emaranhado em forma de imaginação
sou parte, corte na carne entranhas do santo conselheiro
que deixa pelos caminhos dos sonhos conselhos ao tempo
que seguem rastros na sábia espera da realidade dos pés
sou por fim vibrante murmurar da voz palavra em grito
sigo poeta mudo...  mudo nu sentido límpido da palavra
meu verso e inverso é o arrumo imenso e vasto universo
do meu abraço mar de imerso amar num fechar de olhos

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