segunda-feira, 26 de maio de 2014

rabiscador


que ladrem de suas frias tribunas
os meros entendedores do mundo real
por entre sombrias arrogantes e prevaricadas
doutrinas pré-datadas em cópias de felicidade
quiçá possam entreter essa ínfima corriola
inutilmente travestida de maioria
sem se dar conta que a arte é alada
que as borboletas emprestam suas cores
aos que riscam de sorrisos o ar
aprender o ofício  de rabiscar dor
é como revestir-se em seda de acasalamento
que a cada giração do imaginário dá asas ao além
e faz ventilar a regeneração da simplicidade
que serve de abrigo ao oculto ensaio desejo
raro e inexplicável da ciência sonhar
a vida é a intensa sentença de viver
sem sonhos a realidade é como um filme vazio
que não enche a moringa de matar a sede...

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