sábado, 15 de outubro de 2011

boçais da bossa



eu gosto da bossa nova,
não gosto é dos velhos boçais

terça-feira, 11 de outubro de 2011

rock notório


não tenho inclinações para o rock
deixo-o sempre em um rol qualquer
prefiro os curtos ou largos roques do xadrez
eles me protegem de um possível cheque- mate
já a questão do tal rock!  esse é roll
e escarra nas piegas vedetes da mídia
rock in rio! fuck your city rock not rio
sangue sugas da induzida audiência banal
parasitas dos manipulados dossiês globalizados
declaro meu amor eterno por todas vertentes do rio
porque ao descobrir janeiro, fevereiro era pleno carnaval
eu nem imaginava ser gero da cidade maravilhosa
e já eram grávidos os meus ávidos desejos de repúdio
as industrias de época em sua tendente azul comunicação

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

repetidor



pior do que não ter nada pra falar,
é repetir os que não dizem nada
alimentando esse ciclo de pobreza...

domingo, 2 de outubro de 2011

refazendo



muitas vezes somos apenas reflexos da nossa e de outras sombras,
então dançamos, vagamos, seguimos imos...
muitas vezes nem nos damos conta que o alcance das mãos
vai além do que imaginamos poder alcançar,
então esquecemos, deixamos, partimos imos...
muitas vezes somos dispersos, teleguiados ao ar relento tempo
e num girar temos e perdemos a noção do querer,
então ínfimos, choramos, ressentimos imos...
tão poucas são as vezes que cedemos do nosso por outrem,
tal qual raro é refazer as nossas teses.

domingo, 25 de setembro de 2011

mediocrity


ratazanas também escalam colunas
sorrateiramente n'asa arrotam urubus
calazar cala cães calazans calo na língua
mediocridade, parte da índole dos homens

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

rio em quantos


rio em quantos sou por ti
enquanto rio deságuo no mar
enquanto mar deságua em verbo
amar é conjugar os afluentes temporais sorrisos
enquanto se aguarda as pequenas instâncias de lagrimas
enquanto lago sigo a nadar na imensurável gota margeando rio

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

fetiches na arte



alguns artistas travestidos
em meros fetiches corriqueiros
acendem as chamas de seu lampião
e apagam o lampião de corisco
aos ignorantes o poder de ignorar