rabiscando

ser poeta é ser gerado pela poesia

e se em graça escreves por poemas

brotarás na palavra escrita...

verdade

a verdade é como milhões de infinitos cérebros

em seus distintos pensamentos cheios de razões

às vezes a certeza não enche a gota de sal dos olhos

um não chorar das chuvas que encharcam os risos

muitas vezes o interesse é um tiro num prato fácil

um acordar em de acordo com meras conveniências

me encantam os feitiços, tenho folclore no sangue

então podem me chamar de arrumador lunático

o rumo da lua me interessa pelo brilho da ficção

o erro da duvida cabe na dadiva de ser aprendiz

amador

a arte de amar

transborda pelo amador

medíocre VIII

o futebol sem técnicas gera apenas um jogo passível de faltas

já o técnico com falta de escrúpulos gera um escroque, um boçal,

um convicto vira folha desses que mudam por conveniência vil

sanguessuga chupa sangue não disfarça deixa claro seu papel

os morcegos vivem aos bandos e dormem de cabeça para baixo

que nem uns vermes que a mídia vitalícia fica puxando o saco

uma questão de mediocridade daqueles que detém eterno poder

de copiar tudo e todo, poder de ser nulo, amarelo como murici

uma fruta bem pequena, mas pesada e muitas vezes indigesta

aaah minha avozinha! se a senhora lançasse como pó de broca

seu colar de rama em alho pra cima desses vampiros picaretas

o reino da transilvânia agradeceria com chuvas de água benta

pelo regulamento

talvez seja real e possível enganar a muitos com imagens editadas,

mostrando que um jogo de mão seria capaz de trazer o digno sorriso

aos que sofreram e ainda sofrem os maus tratos desse mundo capital

talvez seja bem fácil chamar de revolucionários em tom de bom grado

os que dizem lutar contra esse terror capitalizado por conveniência

pelas entrelinhas baratas sempre na sombra de algum lucro pessoal

talvez seja praxe ignorar os grandes guerrilheiros socialistas cubanos

que ainda sofrem embargo mundial por serem contrários aos desmandos

dos que se acostumaram a lesar intelectos ao talho da foice no canavial

talvez seja concessão o eterno poder de subjugar e desapropriar a alma

para aqueles que se acham no direito de exterminar em nome da guerra

num crime velado às claras contra a  liberdade da expressão universal

talvez seja melancólica a tentativa da dita e dura  imprensa usurpadora

em projetar ídolos muitas vezes manipulados por suas marcas e rótulos

na triste e infame defesa de algo que não faz parte da sua roda social

talvez seja necessário que o órgão de brado reto em defesa da criança,

e que de forma irônica estampa seu brasão de logradouro burguês

como propaganda nos uniformes das lucrativas equipes tradicionais

possa enfim explicar o destino idos das cifras milionárias arrecadadas

e de contra partida por piedade consanguínea de redes contaminadas

possa ajudar sua parceira especialista em grilagem de mata atlântica

juntamente com o seu circo picareta regido ao som dos alto-falantes

e pelos seu emaranhado de antenas vitalícias, de ondas repugnantes

a se desenrolar das tramas ilegais dos fúteis abatimentos de impostos

como desse desagradável apadrinhamento de comunicação corrupta

com partidos de velhos políticos esquartejadores das riquezas naturais

talvez a regulamentação livre esse bendito bem de sua censura velada

sempre lembrando que a miséria infantil-juvenil não será amenizada

pelo infeliz toque de recolhimento do histérico grito de “ilare, ilariê”

e, com toda certeza seguirá avançando no rumo pelo mundo à fora

através do torpe enriquecimento ilícito em nome do sofrimento alheio

cem hipocrisias

de vez em quando,

é melhor não ser hipócrita

cores em flores

cores que nascem em flores

flores que nascem pra mim

meu coração é flor se despetalando

as cores que eu vejo na vida

são flores que nascem pra mim

meu corpo e um vaso quebrado

amor são os cacos no chão

se eu chorar não chore não

se eu penar não ligue não

meu coração tem cores

nas flores que nascem de novo pra mim

fantasias me encontram em sonhos

floresce um eterno jardim

as lagrimas correm em meu rosto

molhando as flores em mim