sinto que algo parou diante de um premeditado silêncio
que tolice! nada pára, tudo continua seguindo, indo, ido
com ou sem rumo certo, tudo continua em seguimento
o triste é perceber que a escolha não é direito de todos
a imposição inerente a tolos às vezes é alheia a vontade
se pudesse escolher talvez não quisesse a sensibilidade
minha percepção muitas vezes machuca a mim, a outrem
é como rasgar a pele na flor cortante despida dos buquês
sentir! é correr o risco constante do abraço gélido da dor
ainda sim continuo acreditando no exercício do institual
não há como desfazer palavras já derramadas ou ditas
tão pouco furtar-se delas num estanque, gera o abismo
da mesma forma que sinto em mim o vazio da falta
tenho certeza que a mesma falta esvazia o outro de mim
Boa tarde, amigo!
ResponderExcluirJá disse Nilton Bonder no seu livro "A alma imoral" Não existe pior solidão do que a ausência de sí mesmo.
O vazio da falta é as vezes necessário para o encontro de nós mesmos.
Muito bonito o que leio por aqui, aliás o que leio por toda parte...palavras que partem e repartem fragmentos de uma alma cheia de sentimentos como a sua.
Um abraço.