segunda-feira, 17 de novembro de 2014

aos rotula-dores


devo confessar na dobra do pensamento
feito carta com selo de anunciar prosperidade
que a paciência também é mãe da criação
nela esta o relicário de guardar os beijos
que dão oriente de paz ao passador
seguir o aprendizado de revoar sonhos
é arte de contar nos dedos, ciência de mestres
coisa que criança cansa de saber brincar
mas pode se tornar exercício para poucos
ou melhor dizendo para loucos
se for com aprofundamento de giração
em guarnição de ar retido nos pulmões
para não dar vasão nem acolhimento de prosa
ao coito dos infelizes que não geram em bufas
o conteúdo dos conjuntos vazios
emprenhando n’alma a inércia do tédio
na mesmice de seus insignificantes rótulos vagos
se é para prostrar ação prefiro distribuir flores
quem nasce afluente rio enche o nascedouro mar
para em nado amor infinitamente desaguar 

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