sábado, 22 de agosto de 2015

Sobre as faces…



Seria apenas, simplesmente, fácil digerir o direito, se pelo menos soubéssemos o que é o torto... E se também não fosse fato real a triste inconveniência do contraditório dessa tão amarga conclusão de que sempre estivemos diante de uma moeda de duas caras para jogos marcados. Cunhada para o retrocesso em nome de um poder absoluto, com vertente principal na busca de uma mesma velha e cobiçada coroa que nunca sacia as posses de certos privilegiados, que, ironicamente, não se enxergam plenos ao espelho; e, atualmente, agem raivosos pelas perdas atrás de perdas, em virtude da tal coroa se encontrar, nos últimos anos, a serviço de uma distribuição que só prosperava em contos de fadas, já que na realidade tudo soa pelas trombetas divinas: “A unanimidade tem a benção de deus, e a discordância o abraço do capeta”... Meus caros amigos desde já devo humildemente confessar minha inclinação para os abraços...
Nada justifica quando a injusta justiça pende o quilo à direita e a imprensa impressa usa sua prensa a imprensar o torpe pensamento aos alheios sem nenhum combate ao vitalicio herdado trono ditatorial, numa troca de gentilezas que nem a falta de regras legais do jogo do bicho conseguiria decifrar.
Seria mais tolerante o fato de nos acostumarmos, então, com a mesmice dessa triste cidade que se repete na inútil tentativa de remendar com tecido puído um suposto ódio adormecido, que repentinamente desperta numa ferocidade recalcada a emprenhar o contra ponto sobre a bonança do crescimento em nome de um caos inexistente, fazendo intolerantemente com que o seu próprio vídeo não traduza em nada o que a realidade expressa!...  Chegamos ao limite da inércia, no complexo imoral da falta de ética que faz incorrer no desuso total das ações que não somam uma só palavra, se é que podemos usar qualquer indicador de lisura como balizador de algo, que não seja o caráter digno que perdura entrelaçado nos mais necessitados... Atualmente o que se vê com frequência em certos manifestos, são jornalistas nos seus trabalhos de campo em nome das diversas emissoras, sofrerem na pele o destrato, muitas vezes, em forma de violência, por uma gama de atordoados manifestantes que se julgam enganados pelos discursos maquiados promovidos diuturnamente de forma sórdida pelos seus devidos âncoras, contra o nosso próprio país, em defesa de interesses pessoais mesquinhos... O foco, quando não cega, se ofusca pela individualidade, e como se diz em poesia: não cabe o meu, nem tão pouco o seu, quando o que está em lastro é o nosso... Ao largo de um tempo longínquo vem se consolidando uma imensa fogueira de reles vaidades televisivas, que fazem ressurgir pelas suas ardentes labaredas, milhares de ávidas bruxas incineradas a reivindicar direitos contra a covardia medonha de uma insana inquisição, que outrora tentou exterminar e, hoje, volta descaradamente numa infeliz tentativa, ainda que de forma dissimulada, de transformar em silêncio o mutirão de gritos abafados pelas catacumbas e calabouços, nessa piegas intenção de arriscar os seus retrógrados passos, numa dança antiga incapaz de reproduzir a alegria, o encantamento, ou qualquer outra ideia abrangente na formação de uma aldeia com inclusão social a todos os seus entes... Devo novamente confessar no emaranhado dos meus íntimos suspiros poéticos, que entre dar corda ao giro contrário de alguns ilibados peões, ou fazer coro na pequena redoma dos tais renomados, prefiro compartilhar a ceia pelas intermináveis mesas dos sem nomes...


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