a dura obrigação de votar é descaradamente dita
a demo-cracia o prato frio e hipócrita do dia à dia
companheiros e companheiras da eterna batalha
não basta a farra do voto mudo pra mudar a vida
a vida por si decorre devota a todas as mudanças
é necessária a plena convicção da reconstrução
do que foi construído pela imposição retrógada
vale a pena lembrar que as armas revolucionárias
passam pelas palavras desde a língua até o gatilho
o cabresto é como asa encharcada que nunca voa
a tração de boi e jumento jaz pelo tempo do cálice
já as dores das chibatas de sangue dos castradores
esse peso é desnecessário nenhum animal merece
o direito é humanitário na dádiva do nascimento
o dever é socialização e congraça em redistribuir